18 novembro, 2010

Coleccionar - bonecas típicas dos locais por onde já andei

Não tenho espírito de coleccionadora, mas isso não significa que não vá amontoando coisas e coisinhas por todos os cantos da casa.
O meu prazer no coleccionar (ou amontoar…) é o de guardar memórias de momentos, de locais, de sentimentos, de razões que me levaram a optar por isto ou aquilo, e isso basta-me.
O que gosto eu de coleccionar?
Sei lá… ímanes para o frigorífico, bonequinhas típicas dos países onde já estive, caixinhas e pratos da Vista Alegre, caixinhas em casquinha, molduras em estanho (adoro!), marcadores para os livros, livros (não só colecciono como leio…), discos, lenços, cachecóis, luvas, carteiras, sapatos, chapéus-de-chuva, óculos de sol, pulseiras, relógios, etc., etc., etc.
Por exemplo, as bonecas típicas dos locais por onde já andei – gosto de as olhar, de admirar os vestidinhos cuidadosamente confeccionadas, os acessórios que as identificam com o país de origem, a cor, o tamanho, a expressão conseguida num rosto de barro, de plástico, de tecido ou de cartão.
Gosto delas pequeninas, coloridas e sem luxos aparatosos.
Ao comprá-las, encanto-me com a sua beleza e antecipo o prazer de as admirar no aconchego da minha casa.
Ao olhá-las, mais tarde, recordo os pormenores inesquecíveis do momento da compra.
Recordo que a boneca da Turquia foi comprada a um garoto que, envergonhadamente, se aproximou de nós quando o autocarro parou numa povoação pequena e pobre do interior do país. Com um enorme sorriso no rosto, mostrou as bonecas e pediu um euro por cada uma. De imediato esgotou o stock. Afastou-se, sorriu e acenou sem parar. É uma das mais belas da minha colecção.
Bonecas típicas - ao admirá-las, relembro os sítios maravilhosos por onde já andei, antecipo a felicidade de novas partidas e imagino a beleza feminina num mundo em paz, sem fome, sem sofrimento, sem lágrimas.