21 agosto, 2010

Força Fandy

Desejo que rapidamente ultrapasses os momentos difíceis que estás a viver.
Não consigo sequer imaginar o teu sofrimento, o que me faz sentir uma estranha sensação de impotência, preocupação e revolta. Queria transmitir-te palavras sábias que te dessem força e atenuassem a tua dor. Não as sei.
Mas tu, como a figueira imponente que te viu crescer, tens uma força interior que te ajudará a vencer. Apenas tens que encontrar nas tuas raízes a arte de viver e a coragem para seguires em frente, ainda mais forte.
Há muitos, muitos anos, li numa revista, cortei e guardei um conselho para uma vida saudável, de Michio Kushi, 76 anos, líder da comunidade macrobiótica internacional, que dizia assim: “amar muito; dar um passeio ao ar livre; deitar-se antes da meia-noite; beber água fresca; cantar uma canção em voz alta, todos os dias.”
Penso que apenas te falta descobrir a canção certa e treinar a voz. Nisto não te poderei ajudar. Desafinarei à primeira nota.
Eu e o C. vamos para longe por uns dias. Os nossos pensamentos e os nossos corações estarão contigo.
Prometo procurar para te trazer, o néctar da energia, da alegria, da felicidade e da longevidade.
Força!
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19 agosto, 2010

Avisto coisas lindas da minha janela...

Mealheiro

Pintei mais um mealheiro.
Este é para a Patrícia, a minha nora, que vai ser mãe do meu primeiro neto.
As cores foram escolhidas por ela.
Quando estiver bem cheio de notas e moedinhas ela pode parti-lo, que eu pintarei outro ainda mais colorido.
Ela merece.
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O regresso (anual) às origens

Chegou o Agosto.
Como tem acontecido há já vários anos, mais uma vez fui passar uns dias ao lugar onde nasci e onde estão aqueles que me deram a vida: a minha mãe, que habita na casa herdada dos meus avós, e o meu pai, que há 12 anos descansa em paz num jazigo no cemitério local.
A viagem anual coincide com as festas da terra e custa-me imaginar a minha mãe triste e sozinha, numa altura em que todos os habitantes da vila rejubilam com os familiares que chegam de longe.
Ainda não falhei um ano, desde o falecimento do meu pai.
É a minha semana da confusão de sentimentos: alegrias desmedidas, tristezas sem fim, encontros festivos, saudades doridas, recordações partilhadas, promessas anunciadas.
Este ano a minha mãe rejubilou de alegria. Primeiro porque o neto apareceu, com a mulher, e soube que vai ser bisavó (logo, eu vou ser avó…), segundo, porque as obras que fez em casa agradaram a toda a família.
Foram uns dias muito agradáveis, apesar do calor por vezes insuportável e dos excessos cometidos: muita comida, muita bebida, muitas horas sem dormir.
No terraço remodelado, junto de uma parreira bem tratada, saboreámos petiscos, encadeámos conversas, cheirámos as rosas, admirámos os cachos de uvas, derramámos o olhar no horizonte, vibrámos com a música pimba dos altifalantes, sobressaltámo-nos com o ribombar dos foguetes, vimos passar as bandas de música e a procissão.
Há ali lugar para todos: familiares, amigos e conhecidos.
Dali vejo o mundo.
Para o ano lá estarei para festejar mais uma festa.