23 fevereiro, 2011

Algures, em Portugal...

Na paisagem mais agreste descobrimos a beleza mais serena…

22 fevereiro, 2011

Seychelles e África do Sul - viagem 1995

Dezembro de 1995. Um mês que ficará para sempre na nossa memória. Passámos o Natal nas Seychelles e o Fim do Ano em Sun City, na África do Sul.


O arquipélago das Seychelles – que se tornou independente do Reino Unido em 1976 - é um verdadeiro paraíso no Índico, com baías cristalinas, inúmeras praias de areia branca, águas de azul-turquesa, hotéis luxuosos, hotéis modestos, vegetação verde e luxuriante, uma temperatura amena e constante. É o destino exótico ideal para quem gosta de banhos de mar em praias quase desertas, fazer mergulho, admirar a natureza, comer peixe fresquíssimo, conviver e descansar. Ali não se vivem noites ruidosas. Ali a natureza impõe silêncio. No primeiro dia na lha de Mahé, a maior e mais habitada das ilhas, na primeira ida à praia, a nossa máquina fotográfica resolveu “experimentar”a água e…. deixou de funcionar. Eu, principalmente, entrei em pânico. Como iríamos fazer o registo fotográfico da viagem? Em Victoria, a capital, com cerca de 23 mil habitantes, comprámos uma máquina descartável da Kodak, que permitiu fazer um mini registo fotográfico da viagem. Tudo o que não conseguimos registar em fotografias, guardámos na memória.


Sun City, na África do Sul, é um luxuoso, extravagante e impressionante complexo de entretenimento, situado a cerca de duzentos quilómetros de Joanesburgo. Ali encontramos hotéis, um casino gigantesco (podemos entrar e jogar vestindo apenas os fatos de banho), lagos, uma praia artificial com ondas que atingem 1,9 metros de altura, campos de golfe, cinemas, espectáculos de luz e som com esculturas de animais selvagens em tamanho real, restaurantes, bares, etc., etc., etc. Foi maravilhoso!


Depois do animado final de ano, partimos de carro para Joanesburgo e daí voámos para o Kruger National Park. O Kruger Park, criado em 1898 pelo presidente Paul Kruger, é um dos dez parques naturais mais importantes do mundo. Tem cerca de 350 kms de comprimento e 60 de largura e hospeda mais de quinhentas espécies de aves, 112 de répteis e 150 mamíferos, bem representados por uma população de leões, leopardos, búfalos, elefantes e rinocerontes. Por curiosidade diga-se que cerca de 20kms2 do parque fazem fronteira com Moçambique. Dentro do parque há mais de vinte acampamentos, equipados com restaurantes, piscinas e confortáveis bungalows. Nós ficámos, quatro dias, no acampamento de Skukuza. Pela manhã, bem cedinho, partíamos com o guia, um sul-africano simpático e competente, e mais três turistas – uma alemã e duas italianas - à procura dos animais do parque. Andávamos naquela busca todo o dia e anotávamos, num folheto próprio, os animais que encontrávamos. À noite, em excelentes jantares, trocávamos opiniões sobre o que víamos durante o dia. O animal mais difícil de localizar foi o leão. Foi no último dia que encontrámos uma família de leões. Bem longe da estrada, escondidos pela vegetação, o retrato da família foi difícil de captar. Recordo o regozijo do guia, ao avisar os colegas da localização dos animais. Vimos elefantes. Enormes, marcavam o seu território com assustadores urros. Vimos zebras, girafas, búfalos, veados, etc., etc., etc. Vimos muitos macacos. Atrevidos, aproximavam-se da viatura à espera de comida. Foi uma experiência interessantíssima e inesquecível!


Mais fotos aqui.

Avisto coisas lindas da minha janela...

17 fevereiro, 2011

Madeira - viagem 1999

Em 1999 passámos o final do ano na Madeira.
Final do ano e final do século XX, o que tornou tudo muito mais empolgante.
Não conhecia aquela ilha – paraíso, com cerca de 737 kms de superfície.
A Madeira, pequenina e com boas estradas, percorre-se em poucos dias.
Tudo me deslumbrou. O povo, a gastronomia, a paisagem, ao mesmo tempo assustadora e arrebatadora. Tudo.
Na noite do final do ano, passado num dos magníficos hotéis da ilha, assistimos a um espectáculo de fogo-de-artifício deslumbrante.
A baía do Funchal e as encostas em forma de anfiteatro, foram o cenário ideal para um grandioso espectáculo de luz, cor e som.
Nunca mais o esquecerei.
Mais fotos aqui.

13 fevereiro, 2011

02 fevereiro, 2011

"Um ano mais" - filme de Mike Leigh

Ontem fui ao cinema e vi um “filmão”.
O filme está dividido em 4 partes, as quatro estações de um ano, e é de forma exemplar que o realizador retrata as variações climáticas: cor – alegria, frio – nostalgia, no comportamento das personagens.
A história gira à volta de um feliz casal de meia-idade (Gerri (Ruth Sheen) – psicóloga, Tom (Jim Broadbent) - geólogo) e a relação deles com cinco frágeis e deprimidas personagens (amigos e familiares), que recebem no conforto da casa que habitam nos arredores de Londres, onde cada procura um pouco de felicidade, onde cada um afoga as mágoas à sua maneira e à mesa vão desfiando segredos, misérias, aspirações, frustrações.
Todas os personagens são notáveis, mas estas…
Mary (uma interpretação fabulosa de Lesley Manville) – amiga de Gerri, secretária, solitária, frágil, em depressão profunda, incapaz de aceitar o envelhecimento, que afoga as mágoas no vinho.
Ken (Peter Wight) – amigo de Tom, solitário, com sinais de doença, que se refugia no tabaco e na cerveja.
Joe (Oliver Maltman) – filho único do casal, que chegou aos 30 anos sem ter constituído a sua própria família.

Não é esta uma história real?
Não procuramos, ou conhecemos quem procura, a felicidade?